sábado, 9 de junho de 2012

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Maçonaria é do Diabo!

        É com esse tipo de afirmação que a Maçonaria sofre há dois séculos. Preste bem atenção no título desse texto, eu escrevi A Maçonaria é do Diabo! Com certeza esse tipo de afirmação chama atenção, provoca a curiosidade e acima de tudo deve ter sido um dos motivos para você vir fazer essa leitura. Se eu tivesse colocado no título do texto A Maçonaria é do Diabo? Alguns iam dizer sim, outros iam dizer não e simplesmente deixar para lá a reflexão sobre o tema. Ao afirmar que a Maçonaria é do Diabo não apenas estou dizendo uma mentira, mas estou fazendo aquilo que todos os seus detratores fazem, acusando algo que não tenho conhecimento, algo que me disseram que não presta e que no imaginário popular deve ser ruim, pois se não o fosse não seria tão secreto assim. 

      Antes de qualquer coisa o que é Maçonaria? Na Wikipédia encontramos a seguinte definição: “É uma sociedade discreta e por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam, de caráter universal, cujos membros cultivam a humanidade e os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade, e o aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica. Portanto a Maçonaria é uma sociedade fraternal que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.”
 
     Em minha opinião que é a opinião de quem faz parte da Maçonaria que é Mestre Maçom Instalado tendo sido Venerável Mestre por duas vezes da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Luzes da Serra nº 2 filiada à Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe e hoje é o Presidente da Grande Comissão de Legislação e Justiça dessa Grande Loja, Maçonaria é uma associação iniciática, fraternal, discreta, constituída por homens de bem, que busca através do aperfeiçoamento de seus membros o aperfeiçoamento da sociedade em que vivem. 

      Desses dois conceitos o que podemos dizer que Maçonaria não é? Em primeiro lugar Maçonaria não é religião, muito pelo contrario. A Maçonaria prega a liberdade religiosa de seus membros. Para ser Maçom você pode ser Católico, Evangélico, Judeu, Islâmico, Budista, Espírita, Umbandista, de Candomblé, enfim a Maçonaria abriga dentro de seu seio as mais diversas correntes religiosas sem fazer distinção de origem, exigindo apenas de seus membros que estes tenham crença em um principio criador. Para ser Maçom é necessário ser religioso, mas o Maçom não pratica a religião dentro da Maçonaria. Não há culto, dogma, doutrina religiosa ou qualquer tipo de forma de esoterismo que justifique chamar a Maçonaria de religião. 

      Por esse principio de aceitar membros de todas as religiões vem à característica primordial que define o que é Maçonaria. Ela é uma associação fraternal. Isso significa que não importa sua origem religiosa, não importa seu credo, não importa a que Deus você faça culto, dentro da Maçonaria todos seus membros se aceitam, se recebem, e se tratam como Irmãos. Mas não no sentido literal da palavra, mas no sentido estrito. Existem um cuidado, um carinho, uma afeição e um tratamento entre seus membros que às vezes não temos com nossos próprios familiares, é um lugar onde um Evangélico de uma Igreja Neo Pentecostal que provavelmente cuspiria em um Umbandista na rua o recebe de braços abertos e o chama de Irmão. É o lugar onde um Judeu e um Mulçumano irão se abraçar e se dizer Irmãos, por mais guerras e ódios que os membros dessas religiões tenham na história de suas vidas, dentro da Maçonaria eles passam a se reconhecer como Irmãos, enfim é o lugar onde não importa sua origem religiosa todos os seus membros passam a ter o tratamento fraternal, que teoricamente toda nossa sociedade tão espiritualizada deveria ter. Para quem é evangélico somente é seu Irmão aqueles que crêem em Cristo, e bem claro, O Cristo da sua Igreja, para quem é do Candomblé Irmão é aquele que faz parte do culto aos Orixás, essas duas religiões jamais teriam um membro chamando o outro de Irmão em nossa sociedade, mas na Maçonaria através do que ela ensina e pratica esses dois irão se receber, se tolerar e se aceitar como Irmãos. 

      Basicamente o que se faz dentro da Maçonaria é tentar melhorar o ser humano, é tentar aperfeiçoá-lo, lapidar suas imperfeições e tentar transformar esse homem em um construtor social, se no seu passado os Maçons eram pedreiros livres que foram responsáveis pela construção das grandes Igrejas da Europa e grandes obras de arquitetura, hoje os Maçons se dedicam a outro tipo de construção, a construção de um homem melhor e conseqüentemente uma sociedade melhor. A Maçonaria busca que seus membros sejam mais tolerantes, mais fraternais, mais democráticos, mais justos, mais caridosos, melhores pais de família, enfim um ser humano melhor. Ela consegue fazer isso em sua totalidade? Claro que não, pois a Maçonaria é constituída por seres humanos e por definição somos imperfeitos, se todos os Maçons atingissem aquilo que ela busca a Maçonaria deixaria de ser constituída por homens para ser formada por Santos. Mas ao buscar esse aperfeiçoamento pelo menos ela tenta fazer de homens falhos homens em busca do aperfeiçoamento.

         Muito bem, e o diabo? Li o texto até agora, muitas flores, muito bonitinho aquilo que vocês pregam, mas quando é que vamos falar do diabo que no final das contas eu sei que vocês têm amarração com o tinhoso? Vamos falar do Demo na Maçonaria. Em sua origem a Maçonaria não pregava apenas o aperfeiçoamento do homem, ela buscava isso também, mas buscava primordialmente o aperfeiçoamento da sociedade, na idade média inicio da idade moderna, nos vivíamos em uma sociedade onde não existia liberdade, igualdade ou fraternidade entre os homens, a escravidão era aceita, os Reis dominavam os governos e a Igreja mandava para a fogueira quem discordasse dela. Foi neste meio pouco amigável que a Maçonaria surgiu. Então imaginem um lugar onde se você dissesse que ser Espírita é normal e logo depois disso você fosse decretado herege, fosse torturado, confessasse o pecado de achar o espiritismo normal e logo em seguida fosse pagar esse pecado sendo jogado em uma fogueira, imaginem se eu como católico fosse descoberto chamando um Espírita de Irmão? Esse foi o primeiro motivo para a Maçonaria ser secreta naqueles tempos, pelo fato de aceitar todas as religiões e pregar a tolerância religiosa, coisa que a Igreja Católica nunca aceitou ou praticou, ela precisou se recolher a discrição para sobreviver. Naquele tempo Educação era uma coisa rara, liberdade algo mais raro ainda, e a Igualdade social não existia e pelo fato de abrigar pessoas que tinham pensamentos libertários e progressistas foi no seio da maçonaria que surgiram os grandes movimentos libertadores da humanidade, como a Revolução Francesa, a Independência Americana e Brasileira, a abolição da escravatura em todos os países que ela existia, enfim onde houvesse uma luta para tirar o poder dos Reis, dos Nobres e da mão da Igreja, a Maçonaria estava envolvida. 

          E quem perde o poder fica feliz com isso? Claro que não. A Igreja que mais se aproveitava do fato de dominar a sociedade com mão de ferro, matando, condenando, excluindo e destruindo toda sociedade que não rezasse por sua cartilha, que o diga as civilizações indgénas americanas, assistir essa tal de Maçonaria dizendo que era legal receber os heréticos dos Evangélicos como Irmãos com certeza não era uma opção. Então quando surgiu um louco chamado Leo Taxil, um francês, escritor que foi iniciado na Maçonaria e logo em seguida expulso, e que antes de ser Maçom inicialmente chegou a publicar livros anti-católicos, que pintaram a hierarquia eclesiástica como hedonista e sádica. Em 1885 confessou ter convertido ao catolicismo, e foi solenemente recebido na Igreja Católica. Leo Taxil era um instigador por natureza que ao longo da última década do século XIX escreveu uma série de livros e panfletos que condenavam a Maçonaria, nisso que ficou conhecido como o "Jogo de Taxil" na qual participaram o Papa e os Bispos da França. 

        Neste episódio, ele acusou a Maçonaria de satanismo e adoração a um ídolo com a cabeça de um bode, definido como Baphomet. Ele publicou a confissão de uma certa Diana Vaughan sobre suas experiências em uma seita da maçonaria, o livro que teve algum sucesso em vendas; causou grande polêmica entre o clero católico, tanto que em 1887 Taxil foi recebido em audiência pelo Papa Leão XIII, que acreditou nele, e não no Bispo de Charleston, que havia denunciado como falsas as confissões de Taxil. Diana Vaughan, entretanto nunca apareceu em público e Taxil acabou confessando em 1897 a sua fraude o que resultou em um escândalo. 

        Mas o estrago na imagem da Maçonaria havia sido feito e juntando a má vontade de vários clérigos em esclarecer a seus párocos que as mentiras contadas por Leo Taxil eram invenções de uma mente doentia no imaginário popular se difundiu as historias de satanismo, bruxaria entre tantas outras lendas mentirosas ditas contra a Maçonaria. Uma forma de punir uma instituição que contribuiu e muito para livrar a humanidade do julgo perverso da nobreza e da Igreja que juntos dominavam o poder naquela época. 

       E hoje, porque ainda hoje Padres e Pastores ainda pregam contra a Maçonaria? Boa parte por culpa da ignorância que é aliada número um do preconceito que fazem com que a falta de informação e principalmente temor que a Maçonaria seja uma religião concorrente que vá tirar fieis deles. Na cabeça desses religiosos funciona assim, a Maçonaria diz que todos são Irmãos independentemente de que religião professem, não está vendo que isso está errado? Que isso é coisa do Diabo? Só vai ser salvo que for de minha Igreja, só vai ser salvo que rezar na minha cartilha ou acreditar no que acredito. Como a Maçonaria defende com todas suas forças a tolerância religiosa é pragmática ao chamar o Criador de Grande Arquiteto do Universo, deixando livre para cada um de seus membros cultuar seu próprio Principio Criador, seja ele Deus, Javé, Jeová, Alá, Buda, Olorum, ou que denominação tenha. E isso que enfurece esses que falam contra a Maçonaria hoje, pregam a salvação e o amor entre os membros de sua Igreja, mas não conseguem pregar a tolerância, o amor fraternal, e acima de tudo o respeito com cada ser humano que opta por seguir um caminho religioso diferente.

    Está escrito em algum lugar. Na casa do Senhor há muitas moradas e todos os caminhos levam a Deus. O problema é que esquecem disso na hora de pregar preocupados apenas com a parte que se fala em dízimos e ofertas ao Senhor. 

     Mais Fraternidade, Mais Igualdade, Mais Liberdade é por isso que a Maçonaria luta, é isso que ela defende. As fantasias, os preconceitos e as ignorâncias são coisas de pessoas menores e mesquinhas, temerosas de vivenciar o principio fundamental que é ensinado no Cristianismo. Amai um aos outros como vos amei. 

      A Maçonaria não é uma instituição do Diabo é uma associação de homens de bem que lutam pelo bem apenas isso.  
      Não sei se você concorda com o que escrevi. 

      Mas, MINHA OPINIÃO É ESSA.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A novela Valmir de Francisquinho

       Falar de política em Itabaiana é como falar de time de futebol. É como tentar explicar para um flamenguista porque o Vasco da Gama é um time melhor e tem uma torcida mais educada e menos chata. Não adianta ou só faz sentido se você está falando bem do candidato que quem está lendo apóia. Qualquer critica que seja feita sobre qualquer aspecto em Itabaiana resulta na velha observação: “mas também esse cabra que escreveu isso está no bolso de fulano de tal, ou é amigo de beltrano, ou tem interesse no cargo de sicrano”. Enfim escrever sobre política em Itabaiana é falar ao vento, mas vamos tentar ser racional e desapaixonado aqui e fazer uma analise do quadro atual neste texto.
           Antes de qualquer coisa do que é feito a imprensa em Itabaiana? É uma chatice diária nos rádios, um especular sem fim, um falatório sem futuro sobre a novela Valmir de Francisquinho vai ser ou não o candidato do grupo Teles de Mendonça. A resposta é tão obvia, tão clara, tão na cara de qualquer pessoa que entenda de bastidores na política que chega a fazer causar espanto nenhum radialista ainda ter chegado a essa conclusão tão obvia. Claro que sim. Claro que Valmir será o candidato do grupo Teles de Mendonça.
             Agora façam a pergunta de um milhão de reais. E porque o grupo não anuncia isso logo? Simples, quem agüenta dez meses, um ano de campanha antecipada? Assim que Valmir anunciar sua candidatura isso será irretratável e definitivo, assim Luciano Bispo também irá a campo defender seu quinhão e obviamente Valmir terá que colocar sua banda na rua. A nove meses da eleição? Quem agüenta o eterno pedir receitas,  cimento, notas de abastecimento, dar dinheiro, enfim os favorzinhos que a classe política acostumou os eleitores de Itabaiana a fazer, durante quase um ano? Faz-se isso durante os três meses da campanha muito mal porque dinheiro deixou de dar em arvore há muito tempo, e os custos de uma campanha hoje vão muito além das contas apresentadas à Justiça Eleitoral, qualquer criança, e principalmente o PT, que o diga o Mensalão e suas contas de campanha '"não contabilizadas" sabe disso. Então para que Valmir se anunciar agora candidato do grupo Teles de Mendonça? Tudo o que ele tem que fazer já está fazendo. Está visitando lideranças, está conversando com possíveis aliados está construindo sua base, tudo nos bastidores, da mesma forma que Luciano Bispo vem operando, mas sempre na moita e quando a turma do pede pede chega perto, Luciano sai com a história que a campanha não está na rua porque o outro grupo ainda não tem candidato e claro Valmir vai dizer que não pode dar nada porque não sabe se é ele ou Maria Mendonça o candidato do grupo.
            Isso desde o ano passado qualquer pessoa que tem o mínimo de isenção e saiba fazer analise dos movimentos dos políticos e entenda de bastidores poderia ter percebido essa jogada. Maria Mendonça com seu jeito fino, educado e elegante vai sorrir e dizer o tempo todo que o grupo vai definir o candidato no momento certo e Valmir vai ficar dizendo que é o candidato do grupo desfazendo os boatos de brigas, intrigas e disse que me disse que são plantados pelo grupo adversário na imprensa local. Um jogo de empurra claro obvio e inteligente dos dois lados políticos de Itabaiana. Luciano fica livre de arrasar o caixa da Prefeitura antes da hora tendo que atender a Deus e o mundo que chega pedindo alguma coisa e Valmir deixa de gastar os parcos recursos que está juntando com os Amorins para gastar na sua campanha. Na hora da definição ai sim ambos os grupos vão botar seus times na rua e fazer sua campanha.
           Até agora Valmir vem se comportando de maneira exemplar quando se trata de construir uma candidatura a Prefeito que tenha condições reais de enfrentar o mito Luciano Bispo. Primeiro deixou bem claro que a Câmara de Vereadores não é mais uma opção para ele e que jamais seria candidato a reeleição deixando seus pares mais do que satisfeitos e felizes com essa afirmação, pois nas últimas eleições Valmir vem sendo o primeiro colocado disparado em números de votos para Vereador e seu espaço vai ser disputado a ferro e fogo por seus pares no legislativo. Segundo deu o passo que mostrou sua maturidade e acima de tudo visão política. Sabendo que o PT de Itabaiana jamais iria compor com ele por mais que Marcelo Deda dissesse que apóia Maria Mendonça e seu grupo em Itabaiana, tratou de se desfiliar do PSB e migrou para as asas do grupo dos Amorins. Xeque Mate político. Não deixa de estar em um partido que apóia para o bem ou para o mal o Governador Deda, mas também ganha o espaço, a legenda, e acima de tudo passa a contar com o apoio direto e irrestrito da segunda força política do Estado que planeja assumir em 2014 o controle do governo e no andar da carruagem deverá ter sucesso no pleito. Em uma só jogada Valmir garantiu o apoio dos Amorins, tirou a possibilidade de composição de Eduardo Amorim com Luciano Bispo por este ter o apoiado na campanha para o Senado se filiando ao partido dele e ainda não perdeu o apoio de Marcelo Deda ao se filiar em um partido da "base" dele.
                 Finalmente Valmir vem fazendo o que todo candidato inteligente deve fazer numa pré-campanha, conversa com todos nos bastidores, compõe, debate, negocia, visita, se faz presente em velório, procissão, casamento, mesa de sorte, festa de debutante, batizado de boneca, enfim em qualquer evento social que exista, e principalmente na mídia nunca diz que já é o candidato do grupo, mas que está conversando para ser o candidato, justamente para evitar a turma do pede pede nos seus pés antes da hora.
               A candidatura de Valmir de Francisquinho é um fato consumado. Maria Mendonça sabe que fez uma grande administração, mas a ela faltou o jogo de cintura político que seu irmão tem para lidar com a coisa pública e ao mesmo tempo ser candidata a reeleição. Se ela tivesse ouvido mais José Teles com certeza não teria perdido a reeleição, mas com certeza não estaria feliz como prefeita por agir de forma que iria contra seus princípios rígidos de administração. Jeitinho, arrumação, jogo de cintura política esses termos são estranhos para a forma Maria de administrar e se foi bom para o município foi péssimo para o resultado da eleição. Valmir é a cara do grupo Teles de Mendonça, é popular, é jovem, é articulado, é inteligente, e acima de tudo não tem as restrições ao jogo político que Maria tem, além disso, é uma renovação bem vinda a um grupo que vem passando os cargos políticos entre irmãos, tios, primos e parentes e aderentes desde que existe na política, é bom ver os comandos desse grupo saindo do núcleo familiar e indo para a mão de alguém que não tenha o sangue de Francisco Teles de Mendonça. Apesar de que no caso de Valmir de Francisquinho ele pode não ter o sangue do velho Chico de Miguel, mas com certeza tem todo o seu DNA, isso é um alento tanto para o bem quanto para o mal.               
               Vai ser um embate de titãs a campanha desse ano em Itabaiana, um estudo social e antropológico de primeira para quem gosta de assistir esses tipos de embates, de um lado Luciano Bispo que vem fazendo a administração do possível, sem Governo Estadual e Federal na mão sem um José Carlos Machado em Brasília para ajudá-lo, sem os Amorins a partir do momento que a campanha for deflagrada, mas com o povo que o ama, idolatra e admira. Luciano Bispo deixou a muito tempo de ser um político comum para se tornar um mito político, assim como foi Chico de Miguel, Luciano é uma criatura política diferente de todos os outros, seu carisma, a forma como se comunica, quando entra em uma campanha eleitoral o homem se transforma num dínamo aglutinador que se ele apoiar a monarquia como forma de governo é capaz de Itabaiana dizer que o Brasil deve voltar a ter um Rei porque Luciano está apoiando essa idéia. Luciano tem inúmeros defeitos enquanto administrador, já apanhou tanto que vem corrigindo alguns erros do passado, mas em outros vícios a boca torta pelo uso do cachimbo não consegue consertar mais. Mas é um político do bem, não é perseguidor, é justo, inteligente, carismático, enfim saiu do patamar dos políticos comuns e criou a seu redor quase que um culto a sua personalidade, que para o bem ou para o mal de Itabaiana vem sustentando seu grupo nas eleições.
  Este ano Luciano Bispo conta com o apoio que pode ser o fiel da balança neste embate encarniçado que vai ser as eleições de 2012. Olivier Chagas. O Vereador Olivier Chagas foi uma das poucas coisas boas que a política de Itabaiana produziu nos últimos anos, elegeu-se na aliança com Maria Mendonça, mas em nenhum momento se mostrou subserviente ou se mostrou disposto a se intimidar com o tamanho de Maria, lutou por seus espaços junto ao Governo do Estado e na hora de fazer a campanha para Deputado Estadual e Federal, se manteve fiel a sua origem petista. Que inocência de Maria achar que Oliver um dia deixaria de apoiar candidatos do PT para apoiar quem quer que seja em eleições proporcionais. Isso causou sua ruptura com o grupo dos Teles, mas não garantiu a entrega de seu mandato a Luciano Bispo, Olivier assumiu uma postura sensata, equilibrada e independente na Câmara de Vereadores, trabalhou como ninguém nunca antes trabalhou ali dentro no sentido legislativo da coisa  vamos assim dizer. Conseguiu seu destaque, tem um aliado importante na mídia que é Edvanildo Santana ex-algoz de Luciano Bispo hoje um jornalista que busca uma linha mais independente dando espaço a todos, e acima de tudo vem buscando impor ética, retidão e moralidade à política em Itabaiana, coisa estranha ao jeito de se fazer política aqui. É essa força que deve se somar a Luciano Bispo nesta eleição lhe dando novo impulso, uma garantia de pelo menos neutralidade do Governador Marcelo Deda que vai dizer que não quer o apoio de Olivier a Luciano, mas também não vai fazer muita força para evitar isso, e acima de tudo vai dar uma certeza a todos seus críticos que o bastão político será passado para Oliver no final de seu quinto mandato, que não teremos uma repetição do jeito familiar dos Teles de Mendonça de fazer política passando a prefeitura de irmão para irmão. Luciano Bispo caminha por suas próprias pernas, tem sua força, seu espaço e não depende de Olivier para se eleger, mas precisa de Olivier para se eleger este ano. É um paradoxo delicioso que veremos acontecer este ano.
       Enfim, eleição política em Itabaiana é divertido para se ver,  melhor de acompanhar do que campeonato brasileiro, corrida de formula um, luta de boxe ou qualquer outro esporte. Aqui não temos eleitores, temos torcidas organizadas, não temos debate político, mas embate político, não temos exposição de idéias, mas exposição de ideais, e acima de tudo tem o grupo que está comendo e o que quer comer. No final dessa leitura, vai ter gente de Luciano dizendo que estou no bolso de Maria, vai ter gente de Maria dizendo que estou no bolso de Luciano e vai ter gente de Luciano e Maria dizendo que estou no bolso de Olivier, besteira. Achar isso é comum  em Itabaiana, o que não é comum é se expressar uma opinião de forma independente. Mas esta é a proposta desse blog.
         Por isso não sei se você concorda comigo...
         Mas...
         MINHA OPINIÃO É ESSA!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rita Lee: ESSE SHOW É MEU!

      A polêmica envolvendo Rita Lee no Projeto Verão é reveladora vejam o vídeo postado no You Tube http://www.youtube.com/watch?v=QGSpHoGq5lA.  O que esse vídeo nos mostra? Tirem toda a polêmica envolvendo as baixarias, vulgaridades e palavrões de Rita Lee. E vamos analisar os pormenores, os detalhes e aquilo que todo mundo viu, mas fingiu que não viu e nunca vê.
     O Governador Marcelo Deda está com seu séquito encastelado no seu camarote quando a cantora começa a desafiar os policiais e grita ESSE SHOW É MEU. Neste momento o Governador muda a feição de espanto para raiva, dá as costas e retira-se do camarote levantando o dedo em riste no ar dando ordens, mostrando que tal qual o personagem Reizinho de Jô Soares, quem manda no Estado é ele.
      Uma cena antológica. Não pelo comportamento de Rita Lee, mas pelo comportamento do Governador.
      Antes de qualquer coisa vamos analisar a situação.   
     Rita Lee está no palco, ofendida com o comportamento da Policia, falando besteiras, asneiras e outras coisas, mas o governador esta no outro palco por assim dizer, em seu camarote particular. Não! os aduladores, boa parte que estavam junto com ele no tal camarote, vão dizer no camarote particular do Governador não! No camarote do Governo do Estado! Muito bem, se o camarote é do Governo do Estado, o acesso está liberado para uso de qualquer cidadão? Qualquer um poderia chegar à escadaria do camarote e dizer me dê acesso pois esse camarote é pago com nosso dinheiro e por ser público eu tenho direito ao acesso?
          Hum. creio que não. Enquanto está todo mundo distraído com as besteiras e grosserias ditas por Rita Lee, eu fiquei mais preocupado com a periferia que a cena mostra neste vídeo no You Tube. Quando ela grita: "eu quero falar com o responsável" e a câmera vira em direção ao camarote do Governador eu pausei a imagem e olhei, rosto por rosto das pessoas que estavam encasteladas ali. Figuras sem luz própria, puxa sacos, CCs, papagaios de pirata, pessoas que gravitam em torno do poder para aproveitar de suas benesses e usufruir dos privilégios que o poder trás. Além claro de um Governador atônito e um Vice Governador que se deliciava secretamente com cada baixaria proferida pela cantora em um êxtase mental.
        Mas a grande pergunta não é sobre Rita Lee. É sobre a situação. Porque num evento público, pago com nossos impostos, o melhor lugar, o camarote praticamente em cima do palco, é ocupado pelo Governador e pelo seu séquito de puxa sacos? Porque não estão os velhinhos de algum asilo ali? Porque não estão as crianças da APAE ali? Melhor ainda, porque esse camarote do Governo do Estado tem que existir? Porque mais dinheiro público teve que ser gasto para levantar aquela estrutura e o Governador, seus familiares, amigos e bajuladores tem que se divertir, aparecer e apreciar o show em situação privilegiada?
       Porque temos essa cultura de quem é eleito para administrar o que é público tem que gozar de privilégios enquanto o povo tem que se ferrar? Porque não causa indignação o fato do Governador está acima dos outros? Porque o reboliço foi sobre as bobagens ditas por Rita Lee, e não pela situação que o Governador se encontrava? Porque é tão natural aos nossos olhos um Presidente da Republica ter direito de uso de avião particular e não usar um avião comercial? Porque o administrador do dinheiro publico tem o direito de usar, usufruir e gozar de nosso dinheiro sem pedir licença? Porque o privilegio? Onde está escrito na Constituição: os políticos no exercício do cargo constituem uma classe especial de cidadãos e por conta disso tem direito de usar em beneficio próprio o dinheiro público na forma que bem entender?
        Quando foi que nos perdemos a capacidade de nos indignar com o desperdício, com a má utilização do dinheiro publico? Será que quando você recebe seu contra cheque descontado todo mês do Imposto de Renda, do INSS ou compra qualquer bagulho e sabe que metade do valor que está ali são impostos, você não percebe que o dinheiro que os políticos gastam é teu e o uso dele teria que ser feito de forma comedida, eficiente e publica?
        No dia que for obrigado Presidente da Republica viajar na aviação comercial, Governador usar transporte publico e Prefeito usar posto de saúde para se tratar, esses serviços melhorariam sensivelmente. A classe política vive num mundo de faz de conta, onde o dinheiro jorra aos montes, e há um séquito de bajuladores, aduladores, baba ovos, abanadores de peidos dos governantes que os seguem fielmente, cegamente e dormem e acordam aos seus pés dizendo que tudo está bom, tudo está bem. Tudo isso para aproveitar das migalhas que caem desses poderosos.
       O Governador e seus bajuladores no camarote em frente ao palco, usando e abusando de nosso dinheiro para ver um show de forma privilegiada me causou asco, indignação e revolta. As besteiras ditas pela balzaquiana Rita Lee não me disseram nada. Dercy Gonçalves falava pior. Rita Lee só acertou numa coisa. Quando gritou  o show é meu! Durante aquele momento mágico em que o artista está sobre o palco fazendo sua arte, sua apresentação seu desempenho, nos esquecemos que há diferença entre classes sociais, que a diferenças raciais, econômicas, de orientação sexual, todos viram um só, todos se transformam em fãs admirando a arte produzida. A única diferença ali era entre como se aprecia esse espetáculo, se do chão no meio do povo, ou de cima de um camarote pago com o dinheiro do povo com a mais displicente cara de pau de uma classe que perdeu a vergonha e usar o dinheiro dos outros sem pedir licença.
        Governador, o dinheiro que o senhor usa para suas festas, para seus camarotes, para seu luxo pessoal é nosso. Pago com nosso suor, humildade é algo que os políticos esqueceram que existe. E naquele momento mágico em que Rita Lee gritou o Show é meu!, ela lembrou a mim que aquele show é nosso, que o dinheiro que estava sendo gasto ali é nosso, e que naquele momento de descontrole verbal ela colocou em seu lugar um cidadão que não é nem mais nem menos que nenhum outro, apenas está exercendo um cargo público e que ao dar as costas para a artista que se descontrolava no palco, levantar o dedo em riste e sair dando ordens ele lembrou a todos nós que o poder é efêmero e transitório e que um dia do alto desse pedestal que os políticos se encontram essa sociedade há de se levantar e dar um ponto final da corrupção, na apatia social e na falta de indignação com o desperdício do dinheiro público. Quer assistir show político? Que assista no meio do povo sem privilégios.
         Rita Lee grite quanto quiser o Show é meu! Pois vai chegar um dia que essa sociedade vai acordar para gritar finalmente o SHOW É NOSSO!
          Não sei quanto a você mas, Minha Opinião É Essa!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Concurso Público para ser candidato a cargo eleitoral

    Você alguma vez na vida tentou fazer um concurso público?
   Dependendo o nível do cargo que você almeja é necessário ter nível superior, prova de títulos, especialização, submeter-se a exame escrito, prova oral com direito a banca examinadora e apresentar  diversas certidões negativas e atestados incluindo o atestado de bons antecedentes e idoneidade moral.
    Isso para ter o direito de concorrer a uma vaga no serviço público. Se for ao judiciário é mais difícil ainda.     
   Mas há, entretanto, no serviço público, um “concurso” que se realiza a cada dois anos que não exige do candidato nenhum desses pré-requisitos. Basta não ser analfabeto funcional, pode estar respondendo a processos dos mais diversos tipos, desde que não haja sentença condenatória transitada em julgado, pode ser um elemento reconhecido publicamente como um escroque moral, que você pode se candidatar a essa vaga no serviço público.
   Que serviço é esse? É a representação política.
   Para você ser um escrivão numa Delegacia de Policia é solicitado de você tantos documentos, tantos títulos, tantas provas de idoneidade moral, mas para o exercício maior da política no Brasil qualquer pessoa, de qualquer procedência, com qualquer tipo de conduta e intenção pode ser candidato e dependendo do poder de fogo financeiro do candidato ter grandes chances de ganhar.
      Político no Brasil tem direito a imunidade pelo exercício da função, tem direito a foro privilegiado, recebe remuneração, verba de representação, verba de gabinete, tem poder sobre os destinos de toda uma sociedade, mas ainda assim para se submeter ao escrutínio das urnas, o político não deve apresentar nenhum tipo de graduação, preparo, conhecimento administrativo caso pretenda concorrer ao um cargo executivo ou de leis no caso do legislativo. Nem se submeter a nenhum tipo de teste que comprove que esse candidato está apto a concorrer ao cargo que pretende exercer. Basta querer ser político que você é político no Brasil, não é exigido nenhum tipo de exame, avaliação, preparo ou conhecimento de causa para se transformar em um político.
      Lendo esse texto, imagino dois ou três petistas querendo voar no meu pescoço me chamando de elitista, burguês ou de conservador reacionário. Pois por esse tipo de pensamento Lula jamais seria Presidente da República. E numa sociedade justa e correta quem disse que Lula tinha as condições de ser Presidente da República afinal de contas? Qual o preparo que esse político teve para dirigir os destinos do Brasil? Os brasileiros entregaram os destinos do País nas mãos de um político profissional, alguém que se transformou numa máquina de aglutinação popular e que acima de tudo sabia conduzir o emocional dos eleitores para o destino que ele planejou. Se essa aventura deu certa, somente a história poderá julgar, hoje comemoramos o fato de não termos afundado economicamente porque ele tomou a decisão sóbria e de bom senso de fazer política longe da economia e deixar os fundamentos econômicos do governo anterior funcionando no dele, eticamente vamos esperar o julgamento do Mensalão que vai dizer um pouco do que foi o jeito Lula de governar este País.
        De qualquer forma voltamos ao âmago da questão. Entre um médico formado nos bancos das universidades e um curandeiro popular a quem você entregaria seu filho ou pai que necessita urgentemente fazer uma cirurgia cardíaca? Se sem pestanejar você responderia ao médico, pois sabe a que tipo de preparo aquela pessoa se submeteu para exercer o cargo de médico e porque na política não é exigido também um teste, títulos, provas e atestados de idoneidade para que o cidadão possa se candidatar a um cargo eletivo?
           Porque seriamos menos democráticos se exigíssemos de nossos representantes menos alienação e mais preparo para aquilo que eles se dispõem a fazer, como posso querer ser candidato a Prefeito de uma cidade se eu não disponho dos atributos para isso? Se não entendo o mínimo de administração, planejamento, execução, atribuição hierárquica, organização, liderança, se eu abri uma micro empresa e quebrei essa micro empresa três vezes, como eu posso estar apto e preparado para dizer-me candidato ao cargo maior de um município? Só porque eu quero? Porque é democrático? E onde está a obrigatoriedade do preparo para exercer função pública? Que diferencia o Prefeito ou Vereador do assessor técnico, que para exercer sua função publica tem que através de um concurso público provar estar apto a exercer este cargo?
              São perguntas que doem que geram debates acalorados e acima de tudo dizem que tipo de sociedade queremos ter. Somos uma sociedade preguiçosa e permissiva, acostumados ao quanto menos mexer melhor. Temos uma Consolidação das Leis do Trabalho de 1940, um sistema de leis Penais ultrapassado, um Código Civil que é o paraíso dos recursos protelatórios sem fim, uma saúde pública vergonhosa, uma educação de quinto mundo, tudo isso empurrando a sexta economia do mundo, mas não tem vergonha de exibir índices de desenvolvimento humano - IDH similar ao de países africanos. Sem falar na corrupção crônica que assola e consome este País.
                  As origens dessas distorções estão na forma que fazemos a escolha de nossos candidatos hoje. Basta qualquer malandra querer ser político que ele é. Qualquer vagabundo moral, qualquer preguiçoso, qualquer pessoa disposta a entrar na política para exercitar a mentira, a corrupção, a preguiça e a ascensão social pela via mais fácil consegue entrar porque os próprios partidos políticos acolhem qualquer tipo de gente debaixo de suas asas, não existe um processo seletivo, uma peneira, uma barreira que deixasse de fora que tem conduta ruim na sociedade.
                 Está no SPC/SEARSA, ora se o sujeito não consegue honrar seus compromissos como vai ter condições de honrar sua palavra? Pau nele. Quer ser vereador? Tem que fazer um exame básico de conhecimento legislativo e de formulação de leis, só sabe ler e escrever? Pau nele. Quer ser Político, atestado que não tem processo de nenhum tipo correndo contra seu nome, em nenhuma instância, principalmente se for relativo a crimes envolvendo dinheiro público ou contra a vida. Pau nele. Quer ser candidato a cargo eletivo no Brasil faz concurso público preguiçoso e mostra estar preparado a exercer um mandato com dignidade e interesse no bem comum, não apenas ser mais um preguiçoso oportunista a se escorar no dinheiro da sociedade. 
                 Se para contratar alguém para varrer minha rua e ser gari a sociedade exige um preparo mínimo para essa pessoa e o submete a um concurso publico onde ele deve mostrar alguma aptidão ao cargo porque para dirigir minha cidade porque para fazer leis para minha cidade não devo cobrar o mesmo dos políticos?
                  Em nome de que? Da Democracia? Que Democracia? No dia que o Brasil tomar vergonha na cara e começar a botar o dedo na ferida, ver que seu problema não está na sociedade, mas em quem representa essa sociedade é que podemos ter esperança de um País melhor e mais igualitário, nunca os políticos vão fazer uma reforma política que seja séria e necessária, sempre vão lutar para manter o status quo atual, pois eles ganham em cima de nosso medo de evoluir, nosso medo de ir em frente, tenho certeza de quantas pessoas que comem e sobrevivem da preguiça mental que se abate em nosso meio político hoje vão apontar esse texto como reacionário e conservador sem antes ir ao âmago da questão.
                Para ser político é preciso estar preparado ou ser preparado para isso? 
            Por isso eu defendo uma bandeira que pode ser vista como radical, nada de lista definida por partidos políticos, nada de filiação partidária como pré-requisito, para ser candidato a cargo político, tal qual no concurso publico, para entrar na política o cidadão deveria se submeter a um exame público, dando provas de que está preparado para exercer o cargo que pretende disputar. Além de dar todos os atestados e certidões negativas que é exigido para o cargo público o candidato a político deveria fazer o mesmo, somente os aprovados nesse concurso teriam a condição de colocar seu nome para disputar o mandato eletivo. Somente aqueles que passassem por essa peneira poderiam usar o espaço na televisão e nos rádios para divulgar suas idéias e aquilo que pretendem fazer na política. Hoje qualquer um abre a boca para soar o mais bizarro possível e assim atrair a atenção do eleitorado, não é a qualidade é o "diferente" que chama a atenção.
                Tirem dos Partidos o poder de escolha e exijam concurso publico para o cidadão  ser candidato, não melhoria apenas o nível intelectual de nossos políticos, mas já deixaria de fora uma gama de gente preguiçosa, com má vontade e que não consegue através do esforço próprio nada na vida a tentar a política, pessoas acostumadas a crescer apenas na base da intriga, mentira, traição e oportunismo já estariam de fora, porque para se submeter a um concurso publico serio é preciso, abnegação, dedicação, esforço, estudo e trabalho coisa que para muito político isso soa como palavrões aos seus ouvidos.
             Devolvam a arte da política a aqueles que têm interesse na coisa publica e não no dinheiro publico que nossos representantes tenham capacidade moral e intelectual para nos representar, para guiar nossos destinos enfim, que façam a arte da política voltar ser uma arte e um exercício pleno da democracia e não apenas esta vergonha sem fim que vemos diariamente nos noticiários.
              Não sei se você concorda comigo, mas MINHA OPINIÃO É ESSA.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

José Carlos Machado e o Projeto do Gás: De boas intenções o inferno está cheio...

         A população brasileira não sabe de que fria se livrou com a derrota de José Carlos Machado na última eleição. Deputado Federal atuante, Ex-Vice Governador, Ex-Deputado Estadual, José Carlos Machado é daquela espécie rara de políticos que sabemos qual é sua identidade, sabemos que gosta de trabalhar e que geralmente desempenha seu mandato de forma digna e correta. Assim tem sido a jornada no mundo político de empresário José Carlos Machado.

            Não se sabe ao certo, como, quando ou que tipo de cigana bêbada soprou aos ouvidos do então Deputado Federal José Carlos Machado que ele deveria fazer dois Projetos de Lei mudando as regras da comercialização do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o famoso gás de cozinha, no Brasil.

            Sempre que um político se mete a fazer um projeto de lei que envolva algo que ele não conhece profundamente, não tem contato da realidade ou não sabe quais os reflexos daquela mudança na sociedade, deve esse político se cercar dos assessores mais competentes possíveis ou de especialistas da área para que os mesmos produzam seus pareceres e ajudem na confecção de um projeto de lei que não tenha objetivo diferente daquele que está na cabeça do Político.

            A ninguém que esteja lendo esse texto pensem que deliberadamente o Ex-Deputado José Carlos Machado pretendia fazer um projeto de lei que prejudicasse o consumidor brasileiro, de forma nenhuma consigo acreditar que um homem da índole dele seria capaz disso. Mas acredito piamente na incapacidade, ignorância, ingenuidade e falta de conhecimento total daqueles que o assessoram para produzir um projeto de lei sobre um tema que eles não tinham conhecimento de causa nenhum.

          O que é que o Deputado pretendia? Seu projeto de Lei consistia na possibilidade de mudar as regras do mercado de gás de cozinha no Brasil e permitir que o consumidor "recarregasse" seu botijão de 13kg em qualquer posto de gasolina, ponto de venda pit stop, ou estabelecimento comercial que tivesse um "Posto de recarga de botijões" permitindo ao consumidor que não tivesse o dinheiro para comprar uma carga completa de 13 kg pudesse recarregar seu botijão com a quantidade de peso que tivesse em dinheiro no momento, só tem dinheiro para 6kg? Vai ao posto da esquina e se recarrega seis quilos.

           A principio para quem não conhece o mercado de GLP a idéia é um achado, uma maravilha de bondade e benefícios para o consumidor principalmente o mais carente. Mas para quem conhece o mercado, está no mercado de gás de cozinha e sabe das dificuldades e problemas que tal possibilidade geraria, causava arrepios só ouvir falar desse projeto de lei ao saber das conseqüências que ele traria.

            Vamos aos fatos: A compra de uma carga de gás de cozinha hoje vai além da simples recarga de um botijão. Existe um processo de logística que funciona assim - o consumidor vai ao ponto de venda com seu botijão vazio de qualquer marca, em qualquer estado que se encontre, e recebe um botijão com 13 kg de gás ou 8 kg dependendo do vasilhame, cheio, lacrado, vistoriado e com o vasilhame em perfeito estado de uso. O botijão vazio que o consumidor entrega é recolhido pelo ponto de venda que envia em um caminhão apropriado para a base engarrafadora, lá chegando esse vasilhame vazio é inspecionado, verificado sua condição de uso, segurança e necessidade de reparo, manutenção ou pintura, somente apos essa verificação, reparo, manutenção e pintura, o vasilhame estará apto a receber uma nova recarga de gás e retornar ao mercado, isso se o vasilhame for da mesma marca da engarrafadora, se não for a engarrafadora vai mandar este vasilhame para a proprietária da marca e esta irá realizar a troca do vasilhame para a distribuidora proprietária da marca possa fazer a verificação, reparo, manutenção e pintura do vasilhame para que o mesmo retorne ao comercio, sendo que se o vasilhame estiver danificado a ponto de não poder ser reparado o mesmo será sucateado e descartado ficando a engarrafadora na responsabilidade de comprar um vasilhame novo e repor aquele que foi descartado. Depois de todo esse procedimento o vasilhame recarregado é colocado no caminhão do ponto de venda que irá retornar com o mesmo cheio para ser vendido novamente ao consumidor.

           O mercado do GLP - Gás de Cozinha levou quase uma década de briga, luta e embate para conseguir se regulamentar e funcionar da forma que descrevemos acima. Antes da regulamentação, qualquer engarrafadora pegava um vasilhame vazio de qualquer marca empurrava sua tinta por cima da marca enchia de gás e jogava de volta para o mercado, sem se preocupar com a segurança do vasilhame, sucateamento quando necessário e reposição de vasilhames novos. O mercado era uma selva, Butano enchia vasilhame da Copagaz, que enchia da Supergasbrás, que enchia da Ultragaz e assim por diante, na hora de assumir a responsabilidade por qualquer dano causado pelo vasilhame na casa do consumidor todo mundo fazia cara de mercador e empurrava para o outro a responsabilidade, na hora de repor os vasilhames novos no mercado o mesmo acontecia de novo ninguém queria comprar porque todo mundo enchia o de todo mundo. O mercado foi regulamentado, cada distribuidora só pode encher os vasilhames que sejam de sua marca, a engarrafadora é a responsável pela manutenção, estado de conservação, segurança e pintura do vasilhame e o consumidor hoje efetivamente compra um vasilhame de P13kg por R$ 100,00 e o usa para o resto da vida praticamente.

          O que é que iria acontecer se o projeto de lei inocente e puro do Deputado José Carlos Machado passasse? O caos no mercado de gás de cozinha. A desregulamentação total do setor e o retorno aos seus primórdios. Ora se o consumidor pode ir a qualquer biboca dar uma carga parcial no seu botijão e retornar para casa com esse botijão, que distribuidora de gás vai querer assumir a responsabilidade por um dano causado por esse vasilhame? Como ela vai saber quem fez a manutenção, inspeção, pintura e vistoria do vasilhame garantindo que ele estava apto para ser recarregado? O frentista de posto de gasolina que mal sabe onde fica o tanque dos carros novos? As empresas engarrafadoras iriam à Justiça imediatamente solicitando a quebra da regulamentação do mercado e exigindo que a responsabilidade pela manutenção e segurança do vasilhame saísse de sua guarda e passasse para o consumidor. Para quem? Para o consumidor, é você mesmo meu amigo, minha amiga, que está lendo esse texto que teria mais uma despesa na sua vida. Para que fosse contemplado o tal projeto de lei simpático que permite ao "pobre" colocar quantos quilos de gás queira dentro de seu vasilhame, essa lei ia fazer você que não tem nada haver com essa história pagar a conta.

          Se você compra água mineral sabe que hoje o vaso de água só possui três anos de validade que a troca do mesmo é de responsabilidade do consumidor e que se algum dano acontecer ao vaso enquanto o mesmo estiver na posse do vaso é ele quem paga. Hoje você pode entregar o vasilhame de gás de cozinha enferrujado, amassado, furado, lascado, sujo, enfim, da forma que for que a empresa engarrafadora tem a responsabilidade de no momento da recarga te entregar um vasilhame em perfeito estado de uso com seus 13Kg de gás. Se o projeto de lei do deputado José Carlos Machado passasse nada disso vai continuar a acontecer. O vasilhame de gás se transforma no vasilhame de água na questão da responsabilidade. Ele passa a ter validade que tem que ser respeitado, o consumidor deve zelar por sua manutenção, pintura e conservação e o custo e responsabilidade que hoje está nas costas das distribuidoras seria repassado integralmente para o consumidor.

              Esse é um dos preços da desregulamentação do mercado para que o Ex-Deputado José Carlos Machado pudesse ir a mídia dar entrevista todo garboso como o "pai" de um projeto de lei que visa a atender ao "pobre" fazer pose diante das câmeras enquanto por trás ficaria toda uma malha de antedimento que emprega mais de um milhão de trabalhadores totalmente desguarnecido e desregulamentado e, além disso, o consumidor com a cara no chão sabendo que aquele vasilhame que ele comprava para vida toda, agora era de sua responsabilidade isso porque uma cigana bêbada assoprou nos ouvidos de um deputado que ele devia fazer um projeto de lei que mudasse as regras do mercado de gás de cozinha sem saber como o mesmo funciona nem os custos disso.

           Mas calma esse texto não acabou. Porque os devaneios no mercado do gás do Deputado também não acabaram ainda. Ele tem outro projeto de lei que envolve seu gás de cozinha. O projeto da balança!!! Isso mesmo, outra cigana entorpecida soprou nos ouvidos do deputado que sobra 1kg de gás dentro do vasilhame a cada uso, então as distribuidoras deveriam pesar o vasilhame na frente do consumidor e "devolver" a diferença ao mesmo. Que projeto lindo e útil não é mesmo?

                 Mais uma vez vamos aos fatos: Apesar do GLP se chamar gás de cozinha, dentro do vasilhame o produto se encontra na seguinte composição: 85% do GLP em estado líquido e apenas 15% em estado gasoso. Ou seja, para o Gás Liquefeito de Petroleo para se transformar do estado líquido para o gasoso e sair pela boca de seu fogão é necessário que dentro do botijão ele esteja acondicionado sob pressão correta e que a temperatura ambiente esteja pelo menos em 5 graus Celsius. Abaixo dessa temperatura o GLP encontra certa dificuldade para se converter do estado liquido para o gasoso pode haver o "congelamento" do líquido dentro do vasilhame no final de seu uso. Isso resulta numa perda de 3% a 5% do seu peso, nas regiões do Brasil onde a temperatura ambiente é inferior a 5ºC. Em condições ideais de pressão e temperatura que é o que ocorre em todo o Brasil, a sobra de gás que pode haver dentro do vasilhame é insignificante.

                Agora perguntamos aonde no Brasil temos temperaturas mensais inferiores a 5º C?

        Se o projeto do nobre Deputado passasse todos os pontos de venda do Brasil teriam que pesar o botijão à vista do consumidor em balanças vistoriadas pelo Inmetro, isso resultaria na extinção da entrega do gás de cozinha através de motos e a obrigatoriedade de todas as revendas do Brasil em adquirir caminhões de pequeno porte para fazer a entrega do botijão e carregar a balança para fazer a tal pesagem. Sendo que isso ia gerar um desemprego generalizado nas revendas que possuem entrega com motos além de aumentar o custo de entrega que deixaria de ser feito por motos com um funcionário para ser feito por um caminhão com pelo menos dois funcionários, mais a balança de José Carlos Machado. Quem você acha que iria pagar essa conta?

               Mais uma vez volto a repetir ninguém em sã consciência vai acusar alguém com a biografia de José Carlos Machado de voluntariamente criar dois projetos de lei com o intuito de prejudicar o consumidor brasileiro. Não foi, não é, e jamais será essa a intenção de um político do quilate dele. Mas o Ex-Deputado é culpado sim de não se cercar de assessores competentes, de não buscar consultoria externa independente que conhecesse da causa que ele pretendia atingir e de sim buscar as luzes dos holofotes da mídia e repercussão política para com isso almejar cargos mais elevados na política usando o gás de cozinha como palanque sem medir as conseqüências que isso traria para o consumidor.

             Toda vez que os políticos se metem nos assuntos da sociedade sem antes debater com ela, com as partes interessadas e acima de tudo estudar profundamente as conseqüências que as leis têm isso pode resultar em desastre. Que o digam os ambientalistas e o famigerado novo Código Ambiental.

                  Os projetos de lei do Ex-Deputado José Carlos Machado não estão mortos, muito pelo contrario, outros políticos que buscam o voto fácil do "projeto do gás que vai ajudar o pobre" estão de olho nele para fazer palanque em época de eleição e se essa barbaridade passar no congresso nacional o mercado brasileiro de gás de cozinha vai voltar à idade da pedra e o consumidor brasileiro vai começar a ligar para os meios de comunicação para reclamar do serviço de gás, como liga hoje para reclamar dos serviços de energia elétrica, água e telefonia. Por enquanto o único serviço de utilidade pública que funciona a contento e tem um alto grau de competitividade no Brasil é o de gás de cozinha, mas se o Projeto de Lei do gás do Nobre Deputado passar preparem-se para o caos no setor.

                   Não sei se você gostou do que foi expresso nesse texto, mas... 

                   MINHA OPINIÃO É ESSA.

Sejam bem vindos

Olá Pessoal

Este é um blog simples, sem pirilampos, gifs animadas, musiquinhas, fotos escandalosas ou textos com glitter.

O Redator do Blog mal sabe usar o editor de textos para produiz-lo.

Aqui a única coisa que você pode encontrar de interessante é o que o nome do blog sugere.

Minha opinião.

Não é a verdade absoluta, muito pelo contrário, mas é a expressão da opinião de um brasileiro que se preocupa com sua sociedade, com seu povo e acima de tudo com o nosso bem estar comum.

Nossa intenção não é agredir a ninguém, muito menos ser contra A ou B, aqui não defendo nem ataco pessoas, apenas defendo idéias. As pessoas que são nominalmente citadas aqui o são exclusivamente por exercerem cargos públicos e somente e só em função de seus atos no exercício deste cargo público, a vida pessoal de ninguém nos interessa. Isso fica a cargo dos blogs de fofoca.

No mais o espaço do contraditório está garantido aqui, fiquem a vontade para ser contra o que escrevo contestar, reclamar ou até elogiar, mas tudo dentro do mais alto nível que um debate civilizado permite.

Sejam bem vindos.

Boa Leitura

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