terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Maçonaria é do Diabo!

        É com esse tipo de afirmação que a Maçonaria sofre há dois séculos. Preste bem atenção no título desse texto, eu escrevi A Maçonaria é do Diabo! Com certeza esse tipo de afirmação chama atenção, provoca a curiosidade e acima de tudo deve ter sido um dos motivos para você vir fazer essa leitura. Se eu tivesse colocado no título do texto A Maçonaria é do Diabo? Alguns iam dizer sim, outros iam dizer não e simplesmente deixar para lá a reflexão sobre o tema. Ao afirmar que a Maçonaria é do Diabo não apenas estou dizendo uma mentira, mas estou fazendo aquilo que todos os seus detratores fazem, acusando algo que não tenho conhecimento, algo que me disseram que não presta e que no imaginário popular deve ser ruim, pois se não o fosse não seria tão secreto assim. 

      Antes de qualquer coisa o que é Maçonaria? Na Wikipédia encontramos a seguinte definição: “É uma sociedade discreta e por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam, de caráter universal, cujos membros cultivam a humanidade e os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade, e o aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica. Portanto a Maçonaria é uma sociedade fraternal que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.”
 
     Em minha opinião que é a opinião de quem faz parte da Maçonaria que é Mestre Maçom Instalado tendo sido Venerável Mestre por duas vezes da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Luzes da Serra nº 2 filiada à Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe e hoje é o Presidente da Grande Comissão de Legislação e Justiça dessa Grande Loja, Maçonaria é uma associação iniciática, fraternal, discreta, constituída por homens de bem, que busca através do aperfeiçoamento de seus membros o aperfeiçoamento da sociedade em que vivem. 

      Desses dois conceitos o que podemos dizer que Maçonaria não é? Em primeiro lugar Maçonaria não é religião, muito pelo contrario. A Maçonaria prega a liberdade religiosa de seus membros. Para ser Maçom você pode ser Católico, Evangélico, Judeu, Islâmico, Budista, Espírita, Umbandista, de Candomblé, enfim a Maçonaria abriga dentro de seu seio as mais diversas correntes religiosas sem fazer distinção de origem, exigindo apenas de seus membros que estes tenham crença em um principio criador. Para ser Maçom é necessário ser religioso, mas o Maçom não pratica a religião dentro da Maçonaria. Não há culto, dogma, doutrina religiosa ou qualquer tipo de forma de esoterismo que justifique chamar a Maçonaria de religião. 

      Por esse principio de aceitar membros de todas as religiões vem à característica primordial que define o que é Maçonaria. Ela é uma associação fraternal. Isso significa que não importa sua origem religiosa, não importa seu credo, não importa a que Deus você faça culto, dentro da Maçonaria todos seus membros se aceitam, se recebem, e se tratam como Irmãos. Mas não no sentido literal da palavra, mas no sentido estrito. Existem um cuidado, um carinho, uma afeição e um tratamento entre seus membros que às vezes não temos com nossos próprios familiares, é um lugar onde um Evangélico de uma Igreja Neo Pentecostal que provavelmente cuspiria em um Umbandista na rua o recebe de braços abertos e o chama de Irmão. É o lugar onde um Judeu e um Mulçumano irão se abraçar e se dizer Irmãos, por mais guerras e ódios que os membros dessas religiões tenham na história de suas vidas, dentro da Maçonaria eles passam a se reconhecer como Irmãos, enfim é o lugar onde não importa sua origem religiosa todos os seus membros passam a ter o tratamento fraternal, que teoricamente toda nossa sociedade tão espiritualizada deveria ter. Para quem é evangélico somente é seu Irmão aqueles que crêem em Cristo, e bem claro, O Cristo da sua Igreja, para quem é do Candomblé Irmão é aquele que faz parte do culto aos Orixás, essas duas religiões jamais teriam um membro chamando o outro de Irmão em nossa sociedade, mas na Maçonaria através do que ela ensina e pratica esses dois irão se receber, se tolerar e se aceitar como Irmãos. 

      Basicamente o que se faz dentro da Maçonaria é tentar melhorar o ser humano, é tentar aperfeiçoá-lo, lapidar suas imperfeições e tentar transformar esse homem em um construtor social, se no seu passado os Maçons eram pedreiros livres que foram responsáveis pela construção das grandes Igrejas da Europa e grandes obras de arquitetura, hoje os Maçons se dedicam a outro tipo de construção, a construção de um homem melhor e conseqüentemente uma sociedade melhor. A Maçonaria busca que seus membros sejam mais tolerantes, mais fraternais, mais democráticos, mais justos, mais caridosos, melhores pais de família, enfim um ser humano melhor. Ela consegue fazer isso em sua totalidade? Claro que não, pois a Maçonaria é constituída por seres humanos e por definição somos imperfeitos, se todos os Maçons atingissem aquilo que ela busca a Maçonaria deixaria de ser constituída por homens para ser formada por Santos. Mas ao buscar esse aperfeiçoamento pelo menos ela tenta fazer de homens falhos homens em busca do aperfeiçoamento.

         Muito bem, e o diabo? Li o texto até agora, muitas flores, muito bonitinho aquilo que vocês pregam, mas quando é que vamos falar do diabo que no final das contas eu sei que vocês têm amarração com o tinhoso? Vamos falar do Demo na Maçonaria. Em sua origem a Maçonaria não pregava apenas o aperfeiçoamento do homem, ela buscava isso também, mas buscava primordialmente o aperfeiçoamento da sociedade, na idade média inicio da idade moderna, nos vivíamos em uma sociedade onde não existia liberdade, igualdade ou fraternidade entre os homens, a escravidão era aceita, os Reis dominavam os governos e a Igreja mandava para a fogueira quem discordasse dela. Foi neste meio pouco amigável que a Maçonaria surgiu. Então imaginem um lugar onde se você dissesse que ser Espírita é normal e logo depois disso você fosse decretado herege, fosse torturado, confessasse o pecado de achar o espiritismo normal e logo em seguida fosse pagar esse pecado sendo jogado em uma fogueira, imaginem se eu como católico fosse descoberto chamando um Espírita de Irmão? Esse foi o primeiro motivo para a Maçonaria ser secreta naqueles tempos, pelo fato de aceitar todas as religiões e pregar a tolerância religiosa, coisa que a Igreja Católica nunca aceitou ou praticou, ela precisou se recolher a discrição para sobreviver. Naquele tempo Educação era uma coisa rara, liberdade algo mais raro ainda, e a Igualdade social não existia e pelo fato de abrigar pessoas que tinham pensamentos libertários e progressistas foi no seio da maçonaria que surgiram os grandes movimentos libertadores da humanidade, como a Revolução Francesa, a Independência Americana e Brasileira, a abolição da escravatura em todos os países que ela existia, enfim onde houvesse uma luta para tirar o poder dos Reis, dos Nobres e da mão da Igreja, a Maçonaria estava envolvida. 

          E quem perde o poder fica feliz com isso? Claro que não. A Igreja que mais se aproveitava do fato de dominar a sociedade com mão de ferro, matando, condenando, excluindo e destruindo toda sociedade que não rezasse por sua cartilha, que o diga as civilizações indgénas americanas, assistir essa tal de Maçonaria dizendo que era legal receber os heréticos dos Evangélicos como Irmãos com certeza não era uma opção. Então quando surgiu um louco chamado Leo Taxil, um francês, escritor que foi iniciado na Maçonaria e logo em seguida expulso, e que antes de ser Maçom inicialmente chegou a publicar livros anti-católicos, que pintaram a hierarquia eclesiástica como hedonista e sádica. Em 1885 confessou ter convertido ao catolicismo, e foi solenemente recebido na Igreja Católica. Leo Taxil era um instigador por natureza que ao longo da última década do século XIX escreveu uma série de livros e panfletos que condenavam a Maçonaria, nisso que ficou conhecido como o "Jogo de Taxil" na qual participaram o Papa e os Bispos da França. 

        Neste episódio, ele acusou a Maçonaria de satanismo e adoração a um ídolo com a cabeça de um bode, definido como Baphomet. Ele publicou a confissão de uma certa Diana Vaughan sobre suas experiências em uma seita da maçonaria, o livro que teve algum sucesso em vendas; causou grande polêmica entre o clero católico, tanto que em 1887 Taxil foi recebido em audiência pelo Papa Leão XIII, que acreditou nele, e não no Bispo de Charleston, que havia denunciado como falsas as confissões de Taxil. Diana Vaughan, entretanto nunca apareceu em público e Taxil acabou confessando em 1897 a sua fraude o que resultou em um escândalo. 

        Mas o estrago na imagem da Maçonaria havia sido feito e juntando a má vontade de vários clérigos em esclarecer a seus párocos que as mentiras contadas por Leo Taxil eram invenções de uma mente doentia no imaginário popular se difundiu as historias de satanismo, bruxaria entre tantas outras lendas mentirosas ditas contra a Maçonaria. Uma forma de punir uma instituição que contribuiu e muito para livrar a humanidade do julgo perverso da nobreza e da Igreja que juntos dominavam o poder naquela época. 

       E hoje, porque ainda hoje Padres e Pastores ainda pregam contra a Maçonaria? Boa parte por culpa da ignorância que é aliada número um do preconceito que fazem com que a falta de informação e principalmente temor que a Maçonaria seja uma religião concorrente que vá tirar fieis deles. Na cabeça desses religiosos funciona assim, a Maçonaria diz que todos são Irmãos independentemente de que religião professem, não está vendo que isso está errado? Que isso é coisa do Diabo? Só vai ser salvo que for de minha Igreja, só vai ser salvo que rezar na minha cartilha ou acreditar no que acredito. Como a Maçonaria defende com todas suas forças a tolerância religiosa é pragmática ao chamar o Criador de Grande Arquiteto do Universo, deixando livre para cada um de seus membros cultuar seu próprio Principio Criador, seja ele Deus, Javé, Jeová, Alá, Buda, Olorum, ou que denominação tenha. E isso que enfurece esses que falam contra a Maçonaria hoje, pregam a salvação e o amor entre os membros de sua Igreja, mas não conseguem pregar a tolerância, o amor fraternal, e acima de tudo o respeito com cada ser humano que opta por seguir um caminho religioso diferente.

    Está escrito em algum lugar. Na casa do Senhor há muitas moradas e todos os caminhos levam a Deus. O problema é que esquecem disso na hora de pregar preocupados apenas com a parte que se fala em dízimos e ofertas ao Senhor. 

     Mais Fraternidade, Mais Igualdade, Mais Liberdade é por isso que a Maçonaria luta, é isso que ela defende. As fantasias, os preconceitos e as ignorâncias são coisas de pessoas menores e mesquinhas, temerosas de vivenciar o principio fundamental que é ensinado no Cristianismo. Amai um aos outros como vos amei. 

      A Maçonaria não é uma instituição do Diabo é uma associação de homens de bem que lutam pelo bem apenas isso.  
      Não sei se você concorda com o que escrevi. 

      Mas, MINHA OPINIÃO É ESSA.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A novela Valmir de Francisquinho

       Falar de política em Itabaiana é como falar de time de futebol. É como tentar explicar para um flamenguista porque o Vasco da Gama é um time melhor e tem uma torcida mais educada e menos chata. Não adianta ou só faz sentido se você está falando bem do candidato que quem está lendo apóia. Qualquer critica que seja feita sobre qualquer aspecto em Itabaiana resulta na velha observação: “mas também esse cabra que escreveu isso está no bolso de fulano de tal, ou é amigo de beltrano, ou tem interesse no cargo de sicrano”. Enfim escrever sobre política em Itabaiana é falar ao vento, mas vamos tentar ser racional e desapaixonado aqui e fazer uma analise do quadro atual neste texto.
           Antes de qualquer coisa do que é feito a imprensa em Itabaiana? É uma chatice diária nos rádios, um especular sem fim, um falatório sem futuro sobre a novela Valmir de Francisquinho vai ser ou não o candidato do grupo Teles de Mendonça. A resposta é tão obvia, tão clara, tão na cara de qualquer pessoa que entenda de bastidores na política que chega a fazer causar espanto nenhum radialista ainda ter chegado a essa conclusão tão obvia. Claro que sim. Claro que Valmir será o candidato do grupo Teles de Mendonça.
             Agora façam a pergunta de um milhão de reais. E porque o grupo não anuncia isso logo? Simples, quem agüenta dez meses, um ano de campanha antecipada? Assim que Valmir anunciar sua candidatura isso será irretratável e definitivo, assim Luciano Bispo também irá a campo defender seu quinhão e obviamente Valmir terá que colocar sua banda na rua. A nove meses da eleição? Quem agüenta o eterno pedir receitas,  cimento, notas de abastecimento, dar dinheiro, enfim os favorzinhos que a classe política acostumou os eleitores de Itabaiana a fazer, durante quase um ano? Faz-se isso durante os três meses da campanha muito mal porque dinheiro deixou de dar em arvore há muito tempo, e os custos de uma campanha hoje vão muito além das contas apresentadas à Justiça Eleitoral, qualquer criança, e principalmente o PT, que o diga o Mensalão e suas contas de campanha '"não contabilizadas" sabe disso. Então para que Valmir se anunciar agora candidato do grupo Teles de Mendonça? Tudo o que ele tem que fazer já está fazendo. Está visitando lideranças, está conversando com possíveis aliados está construindo sua base, tudo nos bastidores, da mesma forma que Luciano Bispo vem operando, mas sempre na moita e quando a turma do pede pede chega perto, Luciano sai com a história que a campanha não está na rua porque o outro grupo ainda não tem candidato e claro Valmir vai dizer que não pode dar nada porque não sabe se é ele ou Maria Mendonça o candidato do grupo.
            Isso desde o ano passado qualquer pessoa que tem o mínimo de isenção e saiba fazer analise dos movimentos dos políticos e entenda de bastidores poderia ter percebido essa jogada. Maria Mendonça com seu jeito fino, educado e elegante vai sorrir e dizer o tempo todo que o grupo vai definir o candidato no momento certo e Valmir vai ficar dizendo que é o candidato do grupo desfazendo os boatos de brigas, intrigas e disse que me disse que são plantados pelo grupo adversário na imprensa local. Um jogo de empurra claro obvio e inteligente dos dois lados políticos de Itabaiana. Luciano fica livre de arrasar o caixa da Prefeitura antes da hora tendo que atender a Deus e o mundo que chega pedindo alguma coisa e Valmir deixa de gastar os parcos recursos que está juntando com os Amorins para gastar na sua campanha. Na hora da definição ai sim ambos os grupos vão botar seus times na rua e fazer sua campanha.
           Até agora Valmir vem se comportando de maneira exemplar quando se trata de construir uma candidatura a Prefeito que tenha condições reais de enfrentar o mito Luciano Bispo. Primeiro deixou bem claro que a Câmara de Vereadores não é mais uma opção para ele e que jamais seria candidato a reeleição deixando seus pares mais do que satisfeitos e felizes com essa afirmação, pois nas últimas eleições Valmir vem sendo o primeiro colocado disparado em números de votos para Vereador e seu espaço vai ser disputado a ferro e fogo por seus pares no legislativo. Segundo deu o passo que mostrou sua maturidade e acima de tudo visão política. Sabendo que o PT de Itabaiana jamais iria compor com ele por mais que Marcelo Deda dissesse que apóia Maria Mendonça e seu grupo em Itabaiana, tratou de se desfiliar do PSB e migrou para as asas do grupo dos Amorins. Xeque Mate político. Não deixa de estar em um partido que apóia para o bem ou para o mal o Governador Deda, mas também ganha o espaço, a legenda, e acima de tudo passa a contar com o apoio direto e irrestrito da segunda força política do Estado que planeja assumir em 2014 o controle do governo e no andar da carruagem deverá ter sucesso no pleito. Em uma só jogada Valmir garantiu o apoio dos Amorins, tirou a possibilidade de composição de Eduardo Amorim com Luciano Bispo por este ter o apoiado na campanha para o Senado se filiando ao partido dele e ainda não perdeu o apoio de Marcelo Deda ao se filiar em um partido da "base" dele.
                 Finalmente Valmir vem fazendo o que todo candidato inteligente deve fazer numa pré-campanha, conversa com todos nos bastidores, compõe, debate, negocia, visita, se faz presente em velório, procissão, casamento, mesa de sorte, festa de debutante, batizado de boneca, enfim em qualquer evento social que exista, e principalmente na mídia nunca diz que já é o candidato do grupo, mas que está conversando para ser o candidato, justamente para evitar a turma do pede pede nos seus pés antes da hora.
               A candidatura de Valmir de Francisquinho é um fato consumado. Maria Mendonça sabe que fez uma grande administração, mas a ela faltou o jogo de cintura político que seu irmão tem para lidar com a coisa pública e ao mesmo tempo ser candidata a reeleição. Se ela tivesse ouvido mais José Teles com certeza não teria perdido a reeleição, mas com certeza não estaria feliz como prefeita por agir de forma que iria contra seus princípios rígidos de administração. Jeitinho, arrumação, jogo de cintura política esses termos são estranhos para a forma Maria de administrar e se foi bom para o município foi péssimo para o resultado da eleição. Valmir é a cara do grupo Teles de Mendonça, é popular, é jovem, é articulado, é inteligente, e acima de tudo não tem as restrições ao jogo político que Maria tem, além disso, é uma renovação bem vinda a um grupo que vem passando os cargos políticos entre irmãos, tios, primos e parentes e aderentes desde que existe na política, é bom ver os comandos desse grupo saindo do núcleo familiar e indo para a mão de alguém que não tenha o sangue de Francisco Teles de Mendonça. Apesar de que no caso de Valmir de Francisquinho ele pode não ter o sangue do velho Chico de Miguel, mas com certeza tem todo o seu DNA, isso é um alento tanto para o bem quanto para o mal.               
               Vai ser um embate de titãs a campanha desse ano em Itabaiana, um estudo social e antropológico de primeira para quem gosta de assistir esses tipos de embates, de um lado Luciano Bispo que vem fazendo a administração do possível, sem Governo Estadual e Federal na mão sem um José Carlos Machado em Brasília para ajudá-lo, sem os Amorins a partir do momento que a campanha for deflagrada, mas com o povo que o ama, idolatra e admira. Luciano Bispo deixou a muito tempo de ser um político comum para se tornar um mito político, assim como foi Chico de Miguel, Luciano é uma criatura política diferente de todos os outros, seu carisma, a forma como se comunica, quando entra em uma campanha eleitoral o homem se transforma num dínamo aglutinador que se ele apoiar a monarquia como forma de governo é capaz de Itabaiana dizer que o Brasil deve voltar a ter um Rei porque Luciano está apoiando essa idéia. Luciano tem inúmeros defeitos enquanto administrador, já apanhou tanto que vem corrigindo alguns erros do passado, mas em outros vícios a boca torta pelo uso do cachimbo não consegue consertar mais. Mas é um político do bem, não é perseguidor, é justo, inteligente, carismático, enfim saiu do patamar dos políticos comuns e criou a seu redor quase que um culto a sua personalidade, que para o bem ou para o mal de Itabaiana vem sustentando seu grupo nas eleições.
  Este ano Luciano Bispo conta com o apoio que pode ser o fiel da balança neste embate encarniçado que vai ser as eleições de 2012. Olivier Chagas. O Vereador Olivier Chagas foi uma das poucas coisas boas que a política de Itabaiana produziu nos últimos anos, elegeu-se na aliança com Maria Mendonça, mas em nenhum momento se mostrou subserviente ou se mostrou disposto a se intimidar com o tamanho de Maria, lutou por seus espaços junto ao Governo do Estado e na hora de fazer a campanha para Deputado Estadual e Federal, se manteve fiel a sua origem petista. Que inocência de Maria achar que Oliver um dia deixaria de apoiar candidatos do PT para apoiar quem quer que seja em eleições proporcionais. Isso causou sua ruptura com o grupo dos Teles, mas não garantiu a entrega de seu mandato a Luciano Bispo, Olivier assumiu uma postura sensata, equilibrada e independente na Câmara de Vereadores, trabalhou como ninguém nunca antes trabalhou ali dentro no sentido legislativo da coisa  vamos assim dizer. Conseguiu seu destaque, tem um aliado importante na mídia que é Edvanildo Santana ex-algoz de Luciano Bispo hoje um jornalista que busca uma linha mais independente dando espaço a todos, e acima de tudo vem buscando impor ética, retidão e moralidade à política em Itabaiana, coisa estranha ao jeito de se fazer política aqui. É essa força que deve se somar a Luciano Bispo nesta eleição lhe dando novo impulso, uma garantia de pelo menos neutralidade do Governador Marcelo Deda que vai dizer que não quer o apoio de Olivier a Luciano, mas também não vai fazer muita força para evitar isso, e acima de tudo vai dar uma certeza a todos seus críticos que o bastão político será passado para Oliver no final de seu quinto mandato, que não teremos uma repetição do jeito familiar dos Teles de Mendonça de fazer política passando a prefeitura de irmão para irmão. Luciano Bispo caminha por suas próprias pernas, tem sua força, seu espaço e não depende de Olivier para se eleger, mas precisa de Olivier para se eleger este ano. É um paradoxo delicioso que veremos acontecer este ano.
       Enfim, eleição política em Itabaiana é divertido para se ver,  melhor de acompanhar do que campeonato brasileiro, corrida de formula um, luta de boxe ou qualquer outro esporte. Aqui não temos eleitores, temos torcidas organizadas, não temos debate político, mas embate político, não temos exposição de idéias, mas exposição de ideais, e acima de tudo tem o grupo que está comendo e o que quer comer. No final dessa leitura, vai ter gente de Luciano dizendo que estou no bolso de Maria, vai ter gente de Maria dizendo que estou no bolso de Luciano e vai ter gente de Luciano e Maria dizendo que estou no bolso de Olivier, besteira. Achar isso é comum  em Itabaiana, o que não é comum é se expressar uma opinião de forma independente. Mas esta é a proposta desse blog.
         Por isso não sei se você concorda comigo...
         Mas...
         MINHA OPINIÃO É ESSA!